Expedição Monte Crista Abril 2016

Monte crista abril 2016


O Grupo Manoa Expedições de Blumenau juntamente com dois irmãos e  parceiros de montanha  realizou uma expedição de pesquisa na região norte do estado de santa Catarina, onde localiza se  a montanha chamada de "Monte Crista"

O Monte Crista é uma montanha detentora de um rico patrimônio natural e histórico, possui belezas ímpares de todo bioma da mata atlântica. E também um Local onde A  MANOA EXPEDIÇÕES tem mais de 35 expedições registradas para  fins de pesquisas e aprofundamento de estudos.


Para quem não conhece a região ou nunca ouviu falar a respeito, O  Monte Crista está situado no Município de Garuva, Santa Catarina com mais de  970 metros acima do nível do mar, na região  da Serra do Mar, próximo do Município de Joinville.
Do alto de seu cume uma visão da Mata Atlântica em suas encostas, vales verdejantes e árvores centenárias fazem desse cenário um local perfeito para quem gosta de aventuras ao ar livre e natureza.
Dado uma semana com tempo instável mais com previsões que mudaram em algumas horas antes da expedição, Estávamos ansiosos por estar logo na montanha, seria uma subida noturna e o tempo bom só vinha a agregar, reflexos da lua na estrada no caminho até Garuva e uma noite estrelada deixavam o cenário montado para um final de semana memorável para qualquer apreciador do tema.
Todos com um objetivo em comum. Aprender e ensinar, Não necessariamente nessa ordem.
Além disso, outra proposta para essa viagem era coletar mais informações sobre esse antigo caminho, uma vez  que todo o material que temos disponível seja muito rico, pelos anos de trabalhos e pesquisas na região. Buscamos incessantemente um maior entendimento a respeito, com o intuito resgatar a história das antigas vias de comunicação utilizadas pelos povos pré-colombianos e povos colonizadores. Estes caminhos, espalhados por todo o Brasil e América Latina, são testemunha da riqueza histórica e arqueológica deixada pelos nossos antepassados e constituem verdadeira riqueza do patrimônio cultural, dada a sua importância, comprovada por muitos pesquisadores que nos últimos anos tem dedicado grande parte do seu trabalho ao estudo dos caminhos históricos.

As rotas litorâneas e os caminhos da Serra do Mar têm sido constantemente explorados pela equipe de Pesquisa da Manoa, O trabalho abrange várias etapas incluindo pesquisa bibliográfica, saídas de campo e captação de imagens além de publicações.
Clique no link a seguir e leia mais sobre nossos estudos referentes aos caminhos antigos em Santa Catarina: http://manoaexpedicoes.blogspot.com.br/p/caminhos-antigos.html
Mochilas arrumadas, equipamentos montados, Começamos a subida 01:00 do dia 02/04  com a expectativa de um fim de  semana inesquecível, A caminhada foi bem tranquila, trechos como a saboneteira exigiam de nossa atenção pois estavam bastante escorregadios devido a um numero mais  elevado de pessoas na montanha no feriado de páscoa.
Observamos também um numero bastante elevado de aranhas com hábitos noturnos na trilha, essa época do ano e muito comum elas estarem bastante ativas, e o lado bom é que a maioria das aranhas que tem uma mordida fatal para nós é muito tímida e só ataca se sentir ameaçada. 

Observando como um todo elas só tem a agregar na beleza e características do local, também com o rápido avanço da ciência, os pesquisadores estão investigando novos usos para venenos de aranha. Estudos esses que são muito antigos e já são conhecidos a tempos pelos povos indígenas não só no Brasil mais no mundo inteiro.

Eles podem servir para muitas coisas, de alternativa “eco amigável” para pesticidas a tratamentos para mal de Alzheimer, arritmia cardíaca e acidentes vasculares cerebrais (derrame). Além do veneno, a teia da aranha também tem muitos usos comprovados na engenharia, de armaduras a comunicações ópticas.

Clicando no link a seguir você fica por dentro do mundo dos aracnídeos:
http://www.todabiologia.com/zoologia/aranhas_venenosas

Bibliografia Indicada:
- Insetos e aracnídeos no meio urbano
  Autor: Instituto Biológico
  Editora: SPCA Brasil

- Ecologia e comportamento de aranhas
  Autor: GONZAGA, MARCELO O. / SANTOS, ADALBERTO J. / JAPYASSU, HILTON F.
  Editora: Interciência


Seguindo caminhada e por volta de 05h40min chegamos ao mirante de pedra que se encontra após a clareira, por ali e com o dia já clareando era a hora de fazer um lanche e contemplar o primeiro nascer do sol na montanha.
Seguimos caminhada aproximadamente as 06h40min com objetivos de chegar a cachoeira ainda na parte da manhã para comer algo mais reforçado e também não andar no sol ao meio dia justo no pior trecho do caminho, que seria da cabeluda até a pedra do picolé. Fizemos uma breve parada no platô 900 para algumas fotos e contemplação do guardião do Monte Crista.

Chegando à cachoeira e com o tempo variando entre sol forte e algumas nuvens, foi só alegria, a natureza estava com sua imponente e bela cachoeira três barras com suas águas translucidas, pois não tinha chovido na região na noite anterior,o que deixa as águas turvas. Momento de tomar um banho de rio, e aproveitar o momento para almoçar.
AS 15h00min partimos da cachoeira sentido a gruta onde ficaríamos com base montada para seguir os estudos na montanha, já nos campos de altitude o sol já não era tão forte o que foi um alívio para todos do grupo, como de costume fizemos uma divisão no grupo para definir que buscaria água e quem ficaria na gruta adiantando as barracas e arrumando os detalhes para a noite que estava por vir.  


Na gruta passamos a ultima noite de montanha sendo mais uma vez abençoados com uma noite de trilhões de estrelas, totalmente aberta e sem nuvens, deixando o visual da “varanda” da gruta uma televisão planetária sem igual.  Todos muito satisfeitos aproveitaram até o máximo esse grande momento na montanha, a descida no dia seguinte foi bem tranquila, encontramos algumas pessoas subindo a montanha e estavam também com a autoestima super elevada, pois era um dia muito bonito para atividades a céu aberto.

 Tivemos também um momento muito singular nessa expedição, o nosso grupo frequenta a região a mais de 10 anos e registra mais de 35 expedições, porém nunca tínhamos ido a uma cachoeira que fica próxima a clareira após a saboneteira em uma trilha de 15 minutos bem marcada no lado esquerdo, estávamos todos bem fisicamente e mentalmente, então aquele foi o momento, e estamos até agora agradecendo, pois a cachoeira e realmente grandiosa e com aproximadamente 25 metros de queda d´água com muito volume e um desnível que leva a outras quedas foi para fechar a expedição com a chave de ouro.



Chegamos ainda com a luz do dia na base da montanha e ali se encerrava mais uma expedição ao Monte Crista-  Manoa Expedições, Somos gratos aos Deuses da montanha que nos cuidaram e nos condicionaram a uma maravilhosa expedição, com muita harmonia e amizade em comunhão a natureza,  Meus agradecimentos também aos nossos companheiros que estão comemorando a chegada de seus queridos filhos, Jonathas e Marcelo. Também aos meus companheiros pela parceria e amizade, meu  caro irmão Gustavo Telles que esteve conosco em mais uma expedição, Obrigado.

Indioê Alan Autovicz. 

Wlademir Vieira
Tiago Leal
Jonathas Kistner
Indioê Autovicz
Marcelo Kapper
Gustavo Telles

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