Arqueologia

Monumentos Megalíticos da Amazônia

    Descobertas recentes no estado do Amapá tem chamado a atenção de estudiosos e pesquisadores que encontraram nas proximidades da foz do Amazonas um verdadeiro museu a céu aberto pré-histórico.  Os achados no  círculo de pedras de Calçone que tem sido chamado curiosamente de "Stonehenge amazônico" vem contribuindo para o estudo do Megalitismo no Brasil. O Primeira referência dos sítios arqueológicos megalíticos do Amapá vem do  Naturalista suíço Emílio Augusto Goeldi  que chegou ao Brasil em 1884, pioneiro nos estudos da biodiversidade amazônica,  Goeldi coordenou e conduziu pesquisas biológicas, geográficas, geológicas, climatológicas,  arqueológicas e etnológicas na região norte do país. 
   Batizado recentemente de Parque Arqueológico do Solstício, o sítio vem sendo estudado por diversos estudiosos que a cada dia se surpreendem com os novos achados. O círculo de pedras possui  30 metros de diâmetro com 147 blocos de granito, alguns com 4 metros de altura chegando a pesar 4 toneladas. Muitas das pedras possuem alinhamento astronômico e marcam os solstícios de inverno e verão como foi constatado durante as pesquisas. Também foram achadas urnas funerárias e peças de cerâmicas finamente trabalhadas com desenhos antropomorfos, o que sugere a presença de uma cultura muito desenvolvida na região em tempos remotos. Alguns arqueólogos sugerem que o sítio tenha uma idade aproximada de 2000 anos, e que tenha sido usado como um local para prática de rituais religiosos, mas todos são cautelosos para afirmar quem foram os "Druidas Amazônicos" que construiram  o enigmático monumento.  
   É importante ressaltar que o reconhecimento desse sítio megalítico veio  contribuir para os estudos de outros sítios do país que tem permanecido abandonados devido a falta de interesse de alguns estudiosos em aceitar a presença de uma civilização megalítica no Brasil pré-histórico. Entendo que a pré-história brasileira já sofreu demais com preconceitos e devemos analisala com novos olhares para preservar esse riquíssimo patrimônio do país.
Wlademir Vieira 



Emílio Goeldi



Fotos: Revista Planeta

Referências: 
Revista planeta-Setembro de 2010-ano 38- ed.456.
Gente de Pedra: Uma Metáfora Amazônica- artigo publicado por Manuel calado disponível em
 http://www.crookscape.org/textset2009/text21.html site do Grupo Gema- grupo de Estudos de Megalitismo de Alentejano





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